Cérebro a zero. Pensamentos incoerentes.
A incapacidade de distinguir o real do fantasiado.
A incerteza entre as coisas às quais pertenço, às quais poderia pertencer, e aquelas às quais não serei mais do que um equívoco mal-esboçado.
Numa quarta bebi muito. Demais. Como não bebia há muito tempo, já não conhecia o meu corpo assim. E o meu corpo está diferente, em muitos aspetos. Fui parva, mais do que uma vez. No sábado seguinte bebi muito, outra vez. Como ainda não me habituei a mim própria, acabei a alimentar as bochechas com as batatas fritas que não encontravam o caminho para a boca, e fui parar à tenda três horas antes de todos os outros. Hoje é quarta-feira outra vez. E o meu cérebro continua confuso, como que alimentado por uma bebida que não bebi. E o meu corpo continua estranho... não sei dele, como não sei de mim.
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