terça-feira, 12 de junho de 2012

Despedida

Quando se tem vergonha daquilo que se pensa, diz ou faz, e a menos que se seja obstinadamente cego da alma, tem-se a oportunidade de ver um pedaço de nós próprios.
Saber o que é errado, relembra o que é certo. E depois é preciso escolher, entre o certo e o errado, e também isso revela outra parte de nós. (E o certo e o errado, existem?)
As palavras são formas de materializar o pensamento - as palavras constroem, iludem e são formas de comportamento. Dizer é fazer.
E, quando as palavras se gastam pela fraqueza do espírito, restam só as que se reservam à despedida.

Toda a despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia (Shakespeare)

                                                                  Adeus.

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