quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Best of não-memórias parte 1

Hoje decidi escrever as minhas memórias.
Que romântica estou.
Para o caso do mundo acabar amanhã. Se não for nada apocalíptico, pode ser que o computador sobreviva.
E se depois reencarnar num bicho qualquer, nem que seja unicelular, pode ser que reaprenda a ler, a ligar o computador, e venha cá lembrar o que me contaram que andei aqui a fazer. Tudo hipóteses muito viáveis.

1986 - Foi o ano em que nasci. Não posso dizer que tenha sido um começo muito auspicioso. Tiveram que me dar umas palmadas para chorar. Deve ter sido aí que aprendi que o melhor é disparar qualquer coisa boca fora antes que me batam. Aparentemente, estar calada não é solução.
Diagnosticaram-me logo ali à nascença toxoplasmose. Só há poucos anos é que descobri que é tecnicamente inviável eu ter tido toxoplasmose. Segundo a pediatra que me dava aulas, se eu tivesse mesmo nascido com toxoplasmose, não podia estar a assistir à aula dela naquele momento. De qualquer forma, foi diagnosticado e está registado no meu boletim de saúde. Até fiz tratamento. O tratamento incluía atividades lúdicas interessantes para recém nascidos, como picar o pescoço várias vezes consecutivas até me encontrarem uma veia para fazer análises. Vá lá que pelo menos a medicação efetiva era dada em gotinhas. Mesmo assim, chegou para ficar com medo de injetáveis. Até hoje. (Desculpa D. o trauma a que te expus quando treinaste a tua primeira intramuscular na minha nádega, não era nada contigo, juro).

1987-1988 - Tinha o cabelo muito rarinho. A minha mãe arranjou uns laços com umas tiras autocolantes e espetava-me aquilo na careca para toda a gente ver que eu era uma menina. Em compensação deu-me de mamar até perto dos dois anos.

[Pronto, por hoje chega. Vai dormir Maria, que o teu mal é sono.]
 

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