"Era
uma manhã muito, mas muito cinzenta. Poderia não sê-lo meteorologicamente, mas
aos olhos de Maria era, sem dúvida, a manhã mais cinzenta que já vira ao
acordar. Era o seu último dia. Levanta-se, toma o duche, lava os dentes. Come o
pequeno-almoço, refeição que mais gosta, com tranquilidade. Aparte da tristeza
do céu, era na verdade um dia muito calmo. Pardacento, triste, mas calmo, como
um cemitério às 3 da tarde.
Depois de lavar a louça, troca os chinelos confortáveis por uns sapatos. Hora de sair à rua, trabalhar. Decide-se por cumprir este dia comum, como última homenagem ao facto de ter estado viva."
Caraças, caraças! Tenho uma tese para fazer e a Maria e o D. andam a fervilhar na minha cabeça.
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