sexta-feira, 29 de abril de 2011

É hoje!

Vou entrar num espetáculo de dança contemporânea. "A Famille Bizarre", no Sá de Miranda, a minha paixão platónica. Se há coisinha que não me via a fazer na vida, é esta.

domingo, 10 de abril de 2011

Ontem esforcei-me!

Fiz o curso de suporte básico de vida.

E o boneco continuou inanimado, apesar do meu esforço :)

Mais uns meses de formação e serei oficialmente voluntária da cruz vermelha!

domingo, 3 de abril de 2011

Diagnóstico

Agora, de manhã, com a cabeça mais fresquinha percebo:

Sofro de literorreia intermitente. Que é um tipo de verborreia literária no meu DSM pessoal.

Help!

Estou prestes a dar com a cara no chão. O do poço. Em relação a isso não só sinto pena de mim, como sinto pena pela minha condição, no fundo, ridícula. Afinal de contas poderia ser tudo pior. Facilmente. Bastava que me acontecesse alguma coisa realmente grave, que justificasse esta merda de areia movediça que está agarrada a mim. Ou à qual estou eu agarrada.
Apetece-me esmurrar-me a mim própria para ver se acordo, antes que a vida o faça.
Merda.
Mas o racional e o emocional estão francamente separados, infelizmente. E o meu emocional está-se pouco cagando para a lógica da minha felicidade evidente e palpável.
Assim sendo:
- Desde que a C., minha amiga, está internada (e já lá vão várias semanas) apetece-me chorar todos os dias, em qualquer lugar. Quando mo permito até me assusto com os grunhidos profundos e guturais que se me escapam.
- Já não tenho paciência, nem sequer energia para fazer o meu trabalho em condições minimamente aceitáveis.
- Não tenho vontade de fazer nada, provavelmente porque estou com medo de tudo. Qualquer desafio, qualquer tarefa.
Acho que isto tudo se resolvia com uns dias de descanso longe, mas esses nem no horizonte se avistam. Férias e tratamento à cuca, como diz a minha querida Li :)
Só queria que aparecesse alguém que, durante este mês:
- Fosse levar o meu carro para trocar os pneus;
- Me solicitasse e trouxesse a declaração do IRS espanhol do ano passado;
- Fosse recolher as dezenas de questionários dos censos que faltam, nas duas próximas semanas, e depois acabe de preencher as outras centenas de questionários que são da minha responsabilidade preencher;
- Faça o teste de teoria de design por mim, e já agora o trabalho;
- Reclame por mim por escrito ao conselho directivo pela mudança de horário, que agora me impede de frequentar a disciplina à qual estava inscrita;
- Aprenda a trabalhar com flash, e já agora me faça a animação, que será a avaliação da disciplina;
- Me leve e traga para Ponte de Lima, custa-me conduzir em auto-estrada…
- Decida por mim se a CV é mesmo o que eu quero como voluntariado, depois de hoje ter descoberto que está sob a tutela do ministério da defesa nacional;
- Vá dançar por mim no espectáculo marcado para este mês.
Se houvesse alguém que me pudesse fazer estas coisinhas por mim, eu ficava mesmo muito agradecida, e aliviada porque já só tinha mais outras tantas para fazer!

Pronto, já sei. Sou mesmo uma queixinhas. Fraquinha.

É com pesar que constato que:

Estou descolada de mim!

Na sequência da experiência de dança, prepara-se um espectáculo...

Eis a biografia de uma das participantes:

São é, desde o mais breve despontar da puberdade, um caso não esclarecido e bizarro. Pensa sobre pensar mais do que vive a própria vida. Anseia por alguma coisa que não sabe o que é, e por isso não sabe como reconhecê-la quando chegar. Faz teatro desde os 14 anos, altura em que decidiu ser actriz, para depois decidir o contrário. O seu maior sonho é ser vegetariana, a sua maior gula são os enchidos, picantes. Por motivos não esclarecidos está sempre cansada quando chega o momento de fazer exercício, e chega atrasada a tudo o que esteja marcado na agenda.

Era para ser cómico ou trágico. Fiquei na dúvida: isto é cómico, trágico, ou nem uma coisa nem outra?